CGU. G20: Grupo Anticorrupção destaca integridade como base para sustentabilidade, igualdade e solidariedade

Brasília sediou, nesta segunda-feira (9/6), a abertura da Segunda Reunião Técnica do Grupo de Trabalho Anticorrupção do G20, presidido pela África do Sul e copresidido pelo Brasil, por meio da Controladoria-Geral da União (CGU). O encontro reúne até quarta-feira (11/6) mais de 40 delegações internacionais, entre países-membros e convidados do G20, além de representantes de organizações internacionais de referência.

A reunião foi organizada pela CGU em parceria com a Apex-Brasil, e contou com a presença do ministro Vinícius de Carvalho e do secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes.

Entre os principais temas da agenda está a negociação dos Princípios de Alto Nível sobre a Gestão de Ativos Recuperados, que visam estabelecer diretrizes para o uso mais eficiente de bens oriundos de atos de corrupção, mesmo antes da destinação final. Estão previstas, ainda, sessões de intercâmbio com os Grupos de Engajamento do G20 (B20, C20, W20 e T20) e com organismos internacionais.

A importância da cooperação multissetorial
Em sua fala de abertura, o ministro Vinícius de Carvalho destacou que o combate à corrupção deve ser transversal e envolver a sociedade civil, o setor privado e a academia. “Esses atores são parceiros naturais na construção de uma cultura legítima e abrangente de integridade, essencial para reduzir desigualdades e promover o desenvolvimento sustentável”, afirmou.

O secretário Marcelo Pontes reforçou a necessidade de consenso entre os países para a construção dos documentos finais. “É fundamental termos paciência e flexibilidade para alcançar a convergência necessária”, disse.

Prioridades e copresidência brasileira
O Brasil foi convidado pela presidência sul-africana para copresidir o Grupo de Trabalho em 2025. As prioridades do ciclo incluem:
• Promoção da transparência e responsabilização no setor público;
• Eficiência na recuperação de ativos;
• Inclusão de múltiplos atores no combate à corrupção;
• Proteção a denunciantes.
Esses eixos também nortearam a primeira reunião do Grupo, realizada em março na Cidade do Cabo.

Evento paralelo
No dia 12 de junho, a CGU promove, com apoio do Programa El Paccto, o evento “A dimensão preventiva da luta contra a corrupção e as novas formas de crime organizado”. A atividade será voltada à cooperação internacional na prevenção da corrupção e do crime organizado, com participação de representantes da América Latina, Caribe e Europa, incluindo órgãos de controle, justiça, segurança pública e sociedade civil.

O encontro terá três sessões temáticas:
1. Organização sistêmica para prevenir riscos de corrupção;
2. Promoção da participação social no enfrentamento da corrupção e do crime organizado;
3. Combate à infiltração do crime organizado na administração pública, com ênfase em técnicas de investigação e detecção.

A programação contará com a participação de autoridades da CGU e de cerca de 120 especialistas, com tradução simultânea e vagas limitadas.